A Rua Maranhão, localizada no bairro de Maranhão, é uma via secundária do distrito da Consolação, em São Paulo. A rua, fundamentalmente residencial, abriga certo número construções de valor histórico e arquitetônico, como a Vila Penteado (residência do conde Antônio Álvares Leite Penteado), o edifício que serviu de atelier ao pintor Di Cavalcanti e o Edifício Cinderela (projetado pelo arquiteto João Artacho Jurado).
História da Rua Maranhão
As antigas terras do Barão de Ramalho e do Barão Wanderley, que juntas apresentavam 847.473 metros quadrados, foram compradas em 1893 por Martinho Bouchard e Victor Nothmann, dois capitalistas alemães. Os empreendedores trouxeram da França o projeto e os materiais para a construção do segundo loteamento planejado de alto-padrão da cidade, destinado especificamente à elite paulistana. Chamado primeiramente de “Boulevard Bouchard”, o loteamento fora lançado em 1895. Posteriormente o nome foi mudado para Higienópolis (cujo significado é “cidade da higiene”), devido ao fornecimento de água e à existência de um sistema de coleta de esgoto, além iluminação à gás, arborização e linhas de bondes que atendiam ao bairro.
A rua Maranhão abrigou no passado as três primeiras casas do loteamento de Higienópolis: a já citada propriedade de Franz Müller, a casa de Heinrich Trost e o palacete de Martinho Burchard.
Martinho Burchard, um dos idealizadores do bairro de Higienópolis, construiu sua casa na rua Maranhão em 1982. Posteriormente a propriedade abrigou um pensionato de religiosas, e foi finalmente demolida no final do século XX.
Outra casa que ficava na rua Maranhão era a do engenheiro Edgard Egídio de Sousa . Membro de uma das famílias mais ricas do país, os Sousa Aranha da cidade de Campinas e superintendente da São Paulo Tramway, Light and Power Company, Edgard de Sousa construiu sua casa na esquina da rua Maranhão com a rua Rio de Janeiro.
Na esquina das ruas Maranhão e Sabará está um dos prédios mais emblemáticos do arquiteto João Artacho Jurado, o edifício Cinderela, construído em 1956. O prédio, coberto de pastilhas rosas, conta com diversos ornamentos, como elementos vazados que formam mosaicos de flores.
Entre a avenida Angélica e a rua Bahia está a principal igreja do bairro, a Paróquia de Santa Teresinha. Inaugurada no ano de 1928, a Paróquia de Santa Teresinha do Menino Jesus foi projetada pelo engenheiro italiano Antonio Vincenti e executada pelo arquiteto Fiorello Panelli. A imagem de Santa Teresinha, trazida de Lisieux (França), foi doação de Dona Sofia Neves Torres, enquanto que o sino foi presente do empresário ítalo-brasileiro Conde Francisco Matarazzo.
Praticamente em frente à igreja se encontra um prédio de seis andares que foi o atelier de Di Cavalcanti, um dos mais importantes nomes das artes plásticas brasileiras. Hoje em dia uma galeria de arte funciona no edifício.
Trânsito na Rua Maranhão
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