Avenida 23 de Maio

Avenida 23 de Maio

A Avenida 23 de Maio, originalmente conhecida como Avenida Itororó e, depois, Avenida Anhangabaú, é uma das mais movimentadas avenidas do município de São Paulo, sendo o principal corredor de ligação dos bairros da subprefeitura da Vila Mariana à região central da cidade. Faz parte do Corredor Norte-Sul.

Recebeu este nome em referência ao dia em que foram mortos os estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo (conhecidos pelo acrônimo MMDC), 23 de maio de 1932, evento que se encaixa no contexto da Revolução Constitucionalista de 1932.

Avenida 23 de Maio

História da Avenida 23 de Maio

Em 1927, o então prefeito José Pires do Rio encomendou um sistema viário a um grupo de urbanistas, que sugeriram a “teoria de fundo de vale”, mais tarde usada nos projetos de grandes avenidas em São Paulo. O projeto da avenida é de 1937, como Avenida Itororó, mais tarde alterado para Avenida Anhangabaú, ideia do ex-prefeito Prestes Maia, mas só seria inaugurada em 1969, como ligação entre o centro da cidade e o aeroporto de Congonhas.Em 1958, seu projeto passou a fazer parte do Plano das Vias Expressas Diametrais Urbanas, e a avenida já tinha Vinte e Três de Maio como nome, determinado pela Lei Ordinária número 4 473, de 22 de maio de 1954.

Apesar de o nome ter sido definido em 1954, longa reportagem do jornal Folha da Manhã, no ano seguinte, ainda falava em “Avenida Anhangabaú”. Em 1960, outra reportagem do mesmo jornal falava em “Avenida Itororó” como o nome por que ela era conhecida, apesar de já ter Vinte e Três de Maio como nome oficial. O projeto mencionado em 1954 já trazia os canteiros centrais alargados, prevendo que por ali passasse uma linha de metrô, com estações em alguns dos viadutos que passariam por sobre a avenida. Também faziam parte desse projeto melhorias como faixas de rodagem mais amplas, rampas menos íngremes e a criação de uma “faixa verde” com dezoito metros de largura em cada lado das pistas. Previa-se, à época, que a capacidade da avenida seria em torno de quatro mil veículos por hora em cada sentido.

A avenida foi entregue ao público aos poucos. As obras, na verdade, tiveram início em 1951, porém apenas num trecho de cerca de duzentos metros, da Praça da Bandeira até o Viaduto Dona Paulina. Sem saída, ele foi utilizado por muitos anos apenas como estacionamento. Para 1961, a intenção era alcançar a Rua da Assembleia, já que os custos de desapropriação de imóveis além daquela via ultrapassavam em 1 900% o orçamento daquele ano para a obra.

Entretanto, o simples fato de atingir a Rua da Assembleia não deveria aumentar muito o uso da avenida, como apontado pela Folha de S. Paulo em 1960: “Entregue ao tráfego, este trecho estará apenas destinado a funcionar como acesso aos edifícios-garagem da [Rua] Riachuelo e do Viaduto Brigadeiro Luís Antônio, além de se prestar, muito provavelmente, para área de estacionamento. Nenhuma função mais útil do ponto de vista viário poderá assumir essa ligação do primeiro trecho da Avenida Itororó com a Rua da Assembleia.”

Para ir além, a Prefeitura encontrou muitas dificuldades com desapropriações, pois a maioria dos terrenos a ser desapropriados era de fundo de vale e fundo de quintal, bloqueados por lei. O decreto desapropriando o trecho compreendendo as ruas Jaceguai, Conde de São Joaquim, Condessa de São Joaquim e da Liberdade (como era conhecida, na época, a Avenida Liberdade) foi publicado em 12 de novembro de 1960. Outro problema eram estruturas que já tinham lugar no traçado ou à sua margem, como as garagens do Serviço Funerário, que ocupavam os baixos do Viaduto Dona Paulina, ou as grandes fundações da sede projetada do Departamento de Estradas de Rodagem, que ficavam ao lado do Palácio Mauá, também ao lado do mesmo viaduto.

O trecho considerado inicial, de 1,4 mil metros, ia da Praça da Bandeira ao Viaduto Pedroso e já estava em funcionamento desde 25 de janeiro de 1967. Nesse mês, foi aberta concorrência pública para a construção do viaduto da Rua do Paraíso, mas outros viadutos essenciais para a finalização da via, como os da Avenida Bernardino de Campos e da Rua Cubatão, ainda não tinham previsão de concorrência.

Trânsito na Avenida 23 de Maio

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Câmeras na Avenida 23 de Maio

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Mapa da Avenida 23 de Maio









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